sexta-feira, 27 de maio de 2011

"Ainda"

Em algum dia especial desse ano tivemos uma aula na manhã de um sábado quente. A aula não era sobre nenhum conteúdo, nem de ciências, nem de matemática. Era aula de fazer arte! Cada professor se virou e teve pintura, teatro, jogos, malabarismos... Nesse dia todo mundo sabia porque estava ali!
No meio de uma aula comum sobre ecossistemas, uma mão se levanta energicamente:
-Professora, professora, posso fazer uma pergunta?
-Claro!
-Mas você vai responder?
-Sim, pode perguntar...
-Tem certeza?
-Se eu souber, vou!
-Promete?
-Vai logo que a aula tá acabando...
-Professora, mas responde hein, é importante...
-Tá...
-Por que a gente tem que "vim" pra escola?
Pensei durante 10 segundos: Sei a resposta correta (aquela que os intelectuais, mestres da educação me ensinaram na Licenciatura) mas não consegui dizer...travei... uma aluna me ajudou:
-Pra aprender!

E continuamos a aula por mais 3 minutos até que a sirene do sinal tocasse mais alto do que nunca nos nossos ouvidos, e antes mesmo que ele tocasse, a ânsia para que ele tocasse era tão forte que já
ninguém prestava atenção na aula... Mais do que tudo as vezes parece que a escola é uma obrigação, uma obrigação militar, e como tantas outras obrigações não deixa de ser autoritária como ponto de partida! Por isso que os melhores professores (nesse esquema de escola) são os que usam os palavrões, os apitos, os gritos de guerra! E disso posso falar com experiência própria, eu experimentei:
BARULHO NA SALA
Gritei:
-Cara...
SILÊNCIO!
-coles!!!!!!!
RISADAS...

Ps: Post em homenagem a peça global recheada de palavões e-d-u-c-a-t-i-v-o-s que a secretaria nos levou!

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