quinta-feira, 16 de junho de 2011

Me diga por quê?

Eu nunca fui muito levada da breca, e por isso ao contrário de muitos amigos, nunca quebrei nenhuma parte do meu corpo, até ontem! Acabou a luz, os alunos foram dispensados e nós tivemos que continuar na escola, por 3 horas no escuro, com as baratas, sem fazer nada, para cumprir horário! Fui engessada! Vou contar o que aconteceu. Mas pra isso voltemos há 4 anos atrás.

2006 - Unesp Botucatu - Centro Acadêmico - Encontro Nacional dos Estudantes de Biologia - nas férias! Que pena! Mas era minha hora de não pensar só em mim, e fui! E pra falar a verdade eu não sabia de nada, eu fui apresentada a tudo isso: feira-de-trocas, economia solidária, poesia, mídia independente, diálogos, vegetarianismo, movimentações orgânicas, horizontais, cooperativas, MST, MAB, etc.

Voltei com alguns centímetros a mais na cabeça, e em pouco tempo esqueci tudo, e continuei minha vida alienada. Mas vira-e-mexe essas coisas ressuscitam e consigo compreender elas num sentido mais complexo.

Agora sim, voltando a 2011, sou funcionária pública em estágio probatório da minha saudosa cidade. Sou Professora!
E vejo com meu próprio corpo como a hierarquia e burocracia são capazes de engessar uma pessoa de uma forma tão perversa e cruel que usa o medo para oprimir e manter a ordem, mesmo a educação cada vez mais "sem sentido".

Gostaria que meus superiores respondessem essa música do Tom Zé - Senhor Cidadão - Por quê? Com quantos quilos de medo se faz uma tradição? O Senhor cidadão... que vida amarga!

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