terça-feira, 26 de abril de 2011

E "videaremos" o que é que pinta no horizonte...

Em tempos modernos de direitos humanos, coisas esquisitas podem acontecer, talvez bem ao estilo do que acontece no filme Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick. Bastou Alex, o cara que curtia Beethoven, ultraviolências e estupros tentar suicídio depois de um tratamento alternativo contra a violência (mas ele deveria ter ficado preso por longos 14 anos), que ele ganhou milhares de privilégios como desculpas pelo mal que fizeram a ele! No mundo real Jimmy, um chimpanzé que nunca fez mal a ninguém já está há 13 anos preso e isolado no zoológico do RJ e recentemente perdeu direito alternativo de "liberdade" (ambientalistas gostariam que ele fosse transferido para um santuário) porque a justiça carioca determinou que apesar de o chimpanzé ser o parente mais próximo do homem, o mesmo não pode ser considerado gente. Irônico, porque esse apelido de parente mais próximo, é justamente o título do livro de Roger Fouts onde ele conta sua aventura ao lado de uma chimpanzé, a Washoe, que aprendeu a linguagem de sinais, foi sua amiga, e dentre outras tantas características peculiares de personalidade forte fez com que ele no fim do livro sugerisse que os chimpanzés tivessem direitos e fossem tratados como pessoa. O presidente da OAB disse que a decisão do tribunal de justiça do RJ foi tecnicamente correta, porque os direitos são feitos para humanos, e assim, apesar das 400 denúncias diárias que SP recebe de maus-tratos aos animais, continuamos desperdiçando direitos aos "Alex" deste mundo.

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