quinta-feira, 21 de julho de 2011

Minha natureza

Já aconteceu com você de descobrir uma nova palavra e depois disso esta palavra aparecer em todo lugar incansavelmente? Isso aconteceu comigo quando descobri "epistemologia" lá pelo terceiro ano da faculdade. E agora ela aparece em todo canto, ela me persegue e eu persigo ela porque realmente é difícil de entender que se deve entender o entendimento! Tenho um amigo filósofo que dizia sobre sua filha mais nova querer ser cantora: tudo bem, mas ela tem que fazer faculdade também, mesmo que de qualquer coisa, pra ter um conhecimento crítico! Pra ele (e pelo jeito pra outros filosofos também) tudo é relativo, tem lógica, ele já foi padre e agora é ateu. Ele diz que ser filosofo agora é para sempre, apesar de ser funcionário público e trabalhar em outra área há muitos anos. E estou indo no mesmo caminho, quando alguém mostra uma monocultura de eucaliptos e diz: -que bela floresta! Lá vem um pensamento me cutucando: -floresta uma ova! Quando falam tantas outras anti-epistemologias quase fico louca também!!! Mas fiquei feliz de saber que o Jimmy, o chimpanzé que estava preso num zoológico agora conseguiu um direito de ter um lar com outras companhias mais legais. Desde que eu era criança eu sei que os animais tem sentimentos, e isso me persegue por toda vida: ao mesmo tempo assisti "os pinguins do papai" e tô lendo "água para elefantes", se alguém tem dúvida de que animais tem sentimentos tenho um saber-que, saber-como e saber-por-familiaridade pra tirar a dúvida! Será que sou gente e vou virar um animal?

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Minhas férias escolares.

Estamos nos mudando depois de 5 anos de reforma e, assim, jogando fora muita coisa velha, como gibis da década de 80 e discos de vinil! Também joguei fora meus diários de infância e talvez um dia me arrependa... Ganhei meu primeiro diário quando tinha 7 anos na saída do zoológico. Depois dele tive outros onde tinham meses bem preenchidos e meses vazios. Dias com a rotina completa e dias com avisos, listas, aniversários, recados, desenhos, recortes, papel de bala, etc. Uma vez minha irmã mais velha estava irritada com meus pais e ela comentou uma coisa que me marcou para o resto da vida. Ela disse que ia montar uma lista com todas as coisas que ela não gostava que meus pais faziam para que ela nunca fizesse com seus filhos. Por isso em algumas páginas do meu "eu" infantil tem alguns conselhos pro meu "eu" adulto. Ainda não tenho filhos, e tenho consciência de que não existe um manual para tratar os pimpolhos. Mesmo assim um dos tópicos dizia que: pessoas precisam de regras claras. São os princípios de vida. São as regras de convivência. É o "budô" do Karatê. O cristianismo. A disciplina escolar...ops, acho que essa não existe mais. Vou explicar: na minha escola todo mundo passa de ano, ninguém tira nota ruim (nem nota existe), todo mundo faz o que quer, sabe por quê? Porque não podemos magoar ninguém. Mas poxa, isso é certo? As regras são boas! Não são, pais? Até quando te mostram que você está errado. Por isso não concordo com esta escola (alguém concorda?) E sinto que é uma traição (wikipedia: infiel ou descumpriu com o compromisso assumido). Não quero dizer com isso que vou ser uma professora ditadora, longe disso! Sou fã de Thiago de Mello e de sua poesia! Acho que vou começar uma nova reforma!